novembro 02, 2012

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Até que ponto reviver o passado nos faz bem? Até onde podemos enganar-nos com mentiras descaradas sobre nossa própria felicidade? Quais os aspectos positivos? E os negativos?
É reconhecível que tudo não passa de omissões para evitar dores maiores. O passado foi bom, porque você foi outro. Os dias estão cada vez mais remotos, e estamos nos acomodando com o habitual. Afinal de contas, por que mudar se esta aceitável assim? É óbvio que reclamar os dias de glória é muito mais fácil do que lutar para conquistar os novos.
A verdade é que estou cansada. Tenho vontade de chorar e dizer a todos que penso muito mais além do que eles podem ver em mim. A tristeza consome minha áurea passível e mais que de repente eu me torno amarga, silenciosa, e suja. Sinto as mentiras perfurarem minhas entranhas como ferro retorcido, e a dor que invade meu corpo é muito menor do que a que contamina minha alma.
Até que ponto eu estarei sóbria para reconhecer meus erros? Até onde eu poderei fingir que não enxergo o óbvio? Quais as vantagens de viver nas sombras daquele que enfrenta?
Quando vou ser liberta? Diga-me, pois é o que mais quero saber.  


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