Até que ponto reviver
o passado nos faz bem? Até onde podemos enganar-nos com mentiras
descaradas sobre nossa própria felicidade? Quais os aspectos
positivos? E os negativos?
É reconhecível que
tudo não passa de omissões para evitar dores maiores. O passado foi
bom, porque você foi outro. Os dias estão cada vez mais remotos, e
estamos nos acomodando com o habitual. Afinal de contas, por que
mudar se esta aceitável assim? É óbvio que reclamar os dias de
glória é muito mais fácil do que lutar para conquistar os novos.
A verdade é que estou
cansada. Tenho vontade de chorar e dizer a todos que penso muito mais
além do que eles podem ver em mim. A tristeza consome minha áurea
passível e mais que de repente eu me torno amarga, silenciosa, e
suja. Sinto as mentiras perfurarem minhas entranhas como ferro
retorcido, e a dor que invade meu corpo é muito menor do que a que
contamina minha alma.
Até que ponto eu
estarei sóbria para reconhecer meus erros? Até onde eu poderei
fingir que não enxergo o óbvio? Quais as vantagens de viver nas
sombras daquele que enfrenta?
Quando vou ser
liberta? Diga-me, pois é o que mais quero saber.
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