abril 25, 2011

Cigarettes and Chocolate Milk

Vicio é um pequeno adjetivo para a necessidade excessiva. Um tipo de necessidade extrema, de que a falta daquilo em que se esta viciado cause sua morte. Vicios sem fim... Eles causam dores tão poderosas no mais íntimo de nossas almas. O que cabe a um ser tão inteligente quanto o humano, se tornar tão frágil e submisso a ponto de viver por uma necessidade excessiva? Diga-me! Não há respostas, nem ao menos eu posso responder, porque sofro de um. Talvez o pior deles estaja comigo... Viciar em um amor sem motivos, um amor tão inocente, ingênuo. Seria eu submissa ao amor?

Não, ao amor não. A aquele que roubou-lhe o coração? Ah, a esse sim.

Mas o amor não é dele? O que há de diferente? Apenas sei que preciso tanto dele... Do amor, é claro. Preciso inalar seu perfume tão cortante, preciso ser enconberta por seus abraços tão quentes, preciso sentir o doce gosto de seus lábios... E talvez eu também precise sentir o vento acariciar meu rosto enquanto me observa.
Talvez eu realmente precise ver sua pele morena brilhar contra o Sol. Talvez eu necessite ouvir sua grossa voz agradar meus ouvidos com suas tão inocentes palavras de amor, juras inacabáveis e cheias de uma sinceridade extrema, amável demais para ser sincera talvez.

Quantos talvez não? Que tal começar pelas certezas?

Não existe certeza no amor, apenas aquilo que podemos chamar de presente. Eu aprecio tanto este amor, que gostaria de vivê-lo pelo resto de minha vida. Estar apaixonada é o último ato de uma cena que desejamos que nunca tenha um fim, por mais que saibamos que um dia o teatro a caba. Mas pra quê encenar, quando se pode viver?


PS: Para alguém que não merece ler, porque esse alguém não precisa perder seu tempo com um sermão.

abril 15, 2011

A última vez que gasto minhas palavras com você

É quando o piano canta que sinto o silêncio dançar em minha alma. Ele dança da forma mais aplausivel possível, trazendo meus sorrisos de volta a boca, trazendo minhas lágrimas de volta aos olhos, trazendo a música aos meus ouvidos. Eu me comporto diferente, é como se fosse apenas eu, ou aquela que realmente ignoro em meus dias habituais. Mas o que não posso entender é por que teimo tanto em esquecer desse eu quando já não estou mais só? Por que esta que me faz tão bem é esquecida em meus sonhos? Ou em minha alma... Desconfio muito que meu coração não gosta de mim, e que seu maior prazer é sentir meu sofrimento, minha dor sem limites. O que há de mau em mim? Escrevo versos sem sentido, sendo que nem sei recitar... Fico cantarolando letras gentis que depois fogem da minha memória, doces letras escritas para minha alma. Esta é a última vez que gasto minhas palavras com você, Coração.