A vida faz de mim um morto. Como,
bebo, durmo. Como todos os outros seres normais. Porém, a comida já não me
apetece. A bebida não me satisfaz, e, eu já não sinto mais o sono pesar nas pálpebras.
Sou morto. Prisioneiro da própria
demência. Vago por labirintos de pensamentos impuros de jovens donzelas
desnudas das quais jamais vi ou compreendi o porque de balançarem o corpo freneticamente,
numa dança descompassada de prazer doentio.
Estou morto. Prisioneiro do
sentimentalismo oculto. Arrastado pelos cantos, murmurando o nome daquele que
não recordo a face. Face... Murmuro vinganças sanguinárias. Planejo torturas
enegrecidas pelo gozo das imagens que projetam em minha mente. Subestimo a
minha covardia.
Desejo a morte. Prisioneiro dos
dias que não passam. Da loucura que abate um velho desmazelado, que gira em
torno de si próprio. Estou brincando de rodar... Até cair.
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