Flores podem ser comparadas a
almas.
Cada qual exala seu perfume, sua
essência única, e, de certo modo, predadora. Suas divergências entre as cores
causam uma atração fatal. Um desejo de preservar sua beleza invade nossos mais
profundos sonhos, mergulhando serenamente em sua intensa vaidade.
A partir deste ponto, apaixonamo-nos.
E quando um coração sela a
promessa de entregar sua vida a esse amor, há como fugir? É desgastante dizer
que sim, pois nunca realmente aceitamos nosso destino perverso.
Amar, amar. O problema é sempre o
amor. Flores são como almas. Envolventes e diferentes a cada tolo que as escolhe.
Não importa a dificuldade de protegê-la. Não importa quanto tempo leve até que
ela aceite suas condições atuais e cresça, sempre esperamos por elas. Sempre
nos submetemos a elas.
Afinal, todos os esforços são
recompensados quando elas florescem. Nascem do mínimo, e alcançam o máximo. Flores
são como almas. Indulgentes, fortes e sempre subestimadas por outrem. Nunca
realmente levadas a sério, nunca realmente sozinhas. Elas prevalecem em seus campos
cheios de irmãs perdidas. Todas parecidas, nunca iguais.
O sol que mareja nossos olhos é a
fonte de sobrevivência de todas elas. É a liberdade, a salvação. Porém, em
exageros, resseca. Resseca suas pétalas tão bem trabalhadas em cores e
formatos. Suas folhas amarelam e ela perde a vida, os sonhos e as conquistas.
Flores são como almas. Únicas e
diferentes, e nunca realmente solitárias.
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