abril 11, 2012

Inovação

Pulsa pelas veias e enrubesce as faces. Todos podem ver seus sorrisos e o cintilar de seus olhos. De brancura, de castanho acoplado ao âmbar. Não há o que temer em seu coração, que a deixa com as asas soltas para voar.
Não podemos criar asas, mas todos sabem voar.
E ela voa o mais alto possível. Voa para longe, para assemelhar as cores, afim de todas conhecer. Ela não perdoa o entardecer e admira o pôr do Sol, sob seu laranja rosado. Nas condições de um amarelo apagado e um vermelho estonteante. E abaixo estão os altos pinheiros, pontudos como alfinetes que espetam dedos abobados na costura.
A moça solta um suspiro e um meio riso.
Tantas atitudes para tomar, sonhos para realizar, palavras para falar e apenas uma vida para viver. Tão pouco tempo e tantas esperanças destroçadas e reconstituídas. Oh Deus, como a vida é injustamente bela! Tenho vontade de rir descontroladamente agora, porque não posso evitar comprimir os olhos para o futuro. O que o Senhor prepara para mim? Que curiosidade, que falta dela!
E no momento, o que mais a moça deseja é adormecer sobre os braços de ser lar. Amanhã será outro dia, ainda melhor que as poucas horas de hoje.
Amanhã ela há de voar mais alto.

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